Caso clínico #18 [57,6Kg perdidos]

Estou há uns dias a pensar em quais palavras vou usar para descrever este caso clínico. Queria muito que vos servisse de inspiração, porque foi um caso que me deu muito prazer acompanhar e tenho muito orgulho nesta paciente. Ela representa o trabalho de um ano. 
A D. Idalina procurou a minha consulta o ano passado no dia 30 de Abril, desde então tem sido acompanhada primeiro semanalmente, depois quinzenalmente no meu consultório no Ginásio Onda Revital Club. Com apenas 37 anos vinha com pré-diabetes, com hipertensão, com alterações tiroideias e com um IMC de 52 que até daria critério para colocação de banda gástrica ou bypass. Mas veio também cheia de motivação para a mudança, e bastante "farta de toda a situação". 
Enfim, um ano depois mostro-vos uma nova pessoa! Uma pessoa agora mais confiante, mais divertida, mais dinâmica, arrisco a dizer: mais feliz!
A D. Idalina perdeu 57,6 kg, repito: 57,6 kg
Perdeu 56 cm de perímetro abdominal (só pegando numa fita métrica para termos noção da diferença)
Passou de obesidade mórbida, para obesidade grau III, depois grau II, depois grau I e agora está com um IMC de 28, ou seja excesso de peso. Melhor que tudo, melhorou imenso o quadro clínico. 
Enfim, mais não digo, pedi à D. Idalina que me respondesse a umas perguntinhas para vos apresentar. As palavras de quem 'sentiu na pele', às vezes podem ser mais explícitas da realidade que as minhas 
(Vejam aqui o seu testemunho - inspirem-se!). 



 A primeira foto foi tirada na primeira consulta a 30 de Abril no Plano D. A de 2015, foi esta segunda-feira.


  A primeira foto foi tirada na primeira semana de "dieta", a última foi no trail do Porto da Cruz. Um marco para a D. Idalina porque desafiou-se para um primeiro trail e terminou-o com esta felicidade (de quem o tinha feito com uma perna às costas)!






Aqui a foto de equipa. Eu, a D. Idalina, e o Luís Semblano. O Lúis é personal trainer do Onda Revital e acompanhou a D. Idalina na sua "entrada no mundo do exercício"! Pôs a D. Idalina a "saltar caixas", "fazer sprints", e preparou-a para um trail, enfim, mais do que  "apenas orienta-la no exercício", o Luís foi determinante na motivação da paciente e no sucesso alcançado. ;)

PS *  Escolhemos o dia de hoje - 25 de Junho para publicar este caso clínico porque é o dia de Aniversário da D. Idalina - Que tenha um dia super feliz e com direito a uma grande FATIA DE BOLO (cheio de calorias), porque hoje merece! A equipa acredita que a D. Idalina conseguirá sempre alcançar os seus objectivos (e manter o peso não vai ser um problema!) 
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Testemunho Caso Clínico #18


Testemunho da D. Idalina - Paciente Caso Clínico #18

O que levou a querer perder peso? 

Desde a adolescência que tem sido uma luta, contra o peso. Com o início da minha carreira profissional, as oscilações do peso começaram a se evidenciar tornando-se num ciclo vicioso. Fiz algumas dietas, com restrições alimentares, cheguei a ter perdas de peso, mas depois de algum tempo, recuperava os quilos perdidos (acompanhados de mais alguns), depois voltava à dieta e assim sucessivamente (efeito iôiô). Estas restrições alimentares sucessivas levaram nos últimos anos, a desenvolver um comportamento compulsivo em relação alimentação, atingindo em 2014, os 128,2kg. Com o aumento de peso agravou-se a minha falta de confiança e baixa auto estima, afectando outras áreas da minha vida.

Porque procurou um profissional?

Numa consulta médica, os resultados das minhas análises e exames complementares evidenciaram valores de pré-diabetes, colesterol elevado, tensão arterial elevada (para a minha idade), juntando a frequência cardíaca alterada, associados ao problema da obesidade mórbida. O médico alertou-me para um cenário muito assustador, e recomendou-me pedir ajuda, devia agir imediatamente. Ao tomar consciência que tinha um problema grave, que necessitava de ajuda, o passo seguinte foi a tomada de decisão em solicitar apoio de um profissional na área da nutrição. Recomendaram-me a Dietista Nádia Brazão, já conhecia 2 pessoas que estavam a ter acompanhamento nutricional, com perdas de peso significativas. Pesquisei os seus casos clínicos no seu Blogue que serviram de inspiração.

O que lhe custou mais?

Cumprir os horários das refeições, pois antes raramente tomava o P.A,e saltava as refeições. A ingestão de água também não fazia parte das minhas rotinas, e beber 1,5l por dia, levou o seu tempo, até se tornar um hábito. A preparação das refeições foi melhorando, quando passei a planear e organizar as minhas refeições com antecedência. Introduzir nas minhas rotinas diárias, as caminhadas (3x a 5 x por semana) não foi tarefa fácil, pois as dores nas articulações não ajudavam. Demorei alguns meses a perceber a importância do exercício no processo de emagrecimento. Atualmente faço 1h30 de caminhada, e passei a gostar. Foi necessário disciplina e persistência diária para a mudança destes comportamentosConciliar a vida profissional, pessoal e familiar com todas as mudanças nas rotinas tem sido um grande desafio, temos ser flexíveis, e nos adaptarmos constantemente.

Muitas vezes as pessoas evitam os acompanhamentos alimentares porque acham que não vão conseguir, ou que vão passar fome! Passou fome?

Já tinha passado por várias dietas restritivas, estava cansada de dietas e oscilações de peso. Percebi que não precisa de passar por este processo sozinha, por isso o acompanhamento nutricional foi a melhor opção. Em relação ao passar fome, não passei fome. O acompanhamento nutricional é fundamental, pois tendo conhecimento das dietas restritivas que já fizera, a Dr.ª Nádia foi-me explicando a importância de todos os grupos alimentares na perda peso. Houve alimentos a evitar, mas que numa fase posterior foram introduzidos. Aliás, nos acompanhamentos semanais e quinzenais com a Dietista, tive oportunidade de esclarecer alguns mitos sobre alimentos que considerava que engordavam, começando a fazer parte da minha dieta

Quais as principais mudanças que sente que já fez na sua vida?

Já tenho uma lista: Colocar-me em primeiro lugar nas minhas prioridades (cuidar de mim para poder cuidar dos outros); a mudança de hábitos alimentares, pois estou mais consciente do que devo comer para ter uma alimentação equilibrada; tenho participado nalguns Workshops de alimentação saudável, que permite-me ser criativa, na confeção das minhas refeições (seguir um plano alimentar não tem que ser monótono); o aumento da autoestima e auto confiança; a mudança de atitude em relação ao exercício físico e à frequência de um ginásio; o treino personalizado que trouxe muitos benefícios, tonificando o corpo no seu todo, minimizando os efeitos da flacidez que ocorre com a perda de peso; o aumento da resistência física e da minha capacidade de superação. Todas estas mudanças permitiram-me desafiar-me e participar num mini Trail (6 km). Espero repetir a experiência, adorei.

Tem receio de manter o peso?

Já tive receio. Nos primeiros meses era uma questão que fazia muito à Dietista, e uma preocupação. Pois as experiências falhadas do passado vinham ao de cima, bem como o senso comum das pessoas é mesmo esse, o mais difícil é manter. Ainda não estou na fase de manutenção do peso, pois ainda tenho peso a perder. Quando estiver nesta fase, acredito que vai ser uma nova etapa e uma adaptação às mudanças já ocorridas.

Sabemos que não iniciou o plano de treinos desde o início. Porque tomou essa decisão? O que levou a ter um Personal Trailer?

Com 128,2kg, não estava preparada para frequentar um ginásio, nem tão pouco ter um plano de treinos. Para quem nunca frequentou um ginásio, e não percebe nada de exercício, seguir um plano de treinos, sozinha sem perceber como utilizar as máquinas seria arriscado. Inicialmente, comecei a fazer as caminhadas 3 a 5 vezes por semana, pois com as limitações físicas, ao nível das articulações, e com uma rotina sedentária, as caminhadas foram a melhor opção para começar. Numa fase posterior, combinamos que começaria a fazer treino personalizado com um Personal Trainer, pois teria alguém para me motivar a fazer exercício, orientar e trabalhar no alcance dos meus objetivos. Comecei o treino personalizado com o Luís Semblano, 2 vezes por semana, complementando com as caminhadas, sendo a melhor decisão que tomei. Vou continuar a frequentar o ginásio Onda Revital, com regularidade, mantendo o treino cardio, e aulas (que já faço!) de CX, Body Balance e Sh’Bam.

Quais as principais barreiras?

As limitações psicológicas durante os últimos anos foram imensas e impediam de alcançar os meus objetivos. Ao longo deste percurso tive que lidar com os meus medos, inseguranças, frustrações, ansiedade, stress, autoestima baixa e falta de confiança. Foi necessário um trabalho diário, de persistência e disciplina, para ir ultrapassando as limitações existentes. Ainda tenho um longo caminho, pois ainda digo e penso “ não consigo” ou “ não posso”. Verifico uma melhoria e resgatei a minha capacidade de superação, para alcançar os meus objetivos em qualquer área da minha vida.

As pessoas à sua volta ajudaram? Achou isso um factor importante?

Pelas experiências anteriores de perda e ganho de peso, posso dizer que não ajudam. Além dos meus pais, tive um grupo de apoio restrito, das minhas relações de amizade e profissionais, que foi e continua a ser um fator importante, pois apoiaram nos momentos bons e menos bons, dando aquela força que tanto precisamos. A partilha do processo com estas pessoas foi muito benéfica, pela troca de experiências e conhecimentos.

Tem saudades de alguma coisa da sua “ vida antiga”?

Não. Estou aos poucos a resolver os meus “fantasmas “do passado, para seguir em frente. Olho para a minha “vida antiga”, e penso que foi necessário passar por tudo, para poder querer mudar. Esta mudança só depende de mim e das minhas escolhas. 

Sentiu melhorias na sua saúde?

Sem dúvida. As melhorias na saúde foram gradualmente se evidenciando, ao longo do processo de emagrecimento. As dores nas articulações (joelhos), dores nas costas desapareceram com o exercício físico e a perda de peso. Os resultados das análises um ano depois revelaram que os valores da glicémia, os níveis de colesterol, e triglicéridos baixaram, e normalizaram. Em relação aos valores da Tensão Arterial e frequência cardíaca, após controlo (pontual) verificou-se que baixaram significativamente. Actualmente tomo apenas 2 medicamentos, mas acredito que será por pouco tempo.

Que recomendações daria a uma pessoa que precisasse de perder peso?

Esta situação já aconteceu, por parte de algumas pessoas, que me abordaram. O que tenho partilhado da minha experiência é que a decisão de resolver qualquer problema de obesidade, parte de nós. Se não estiver consciente que tem um problema, e assumi-lo, será difícil que resulte. Importa referir que o sucesso do processo depende muito de nós. Pedir apoio a um ou mais profissionais, desde o acompanhamento Nutricional, físico através de um Personal Trainer, endocrinologia (se houver alterações na tiróide), e apoio psicológico. Recomendo caminhadas ao ar livre, ou frequentar um ginásio, (há imensas opções de aulas). Durante este processo passamos a ter ajuda de vários profissionais no alcance dos nossos objectivos. Importa salientar que no acompanhamento nutricional e treino personalizado, utilizam-se técnicas de Coaching, como ferramenta para trabalhar a autoconfiança, aumentar a auto estima, quebrar barreiras de limitação, para que possamos conhecer o nosso potencial máximo e alcançar as nossas metas. A relação de confiança e compromisso que se cria com estes profissionais ditam o sucesso das nossas metas.

Concluindo, o processo de emagrecimento, vai muito além de seguir uma dieta, durante o processo fui entendendo que o plano alimentar, (que vai se adaptando) é mais uma mudança de comportamentos e hábitos alimentares, para uma alimentação equilibrada e variada, que não tem prazo, é para a vida inteira. A implementação do exercício físico na minha vida tem sido fundamental, em busca de um equilíbrio entre o corpo e a mente.

Agradecimentos:

Agradeço à Nádia Brazão e ao Luís Semblano por fazerem parte do meu processo de mudança para um estilo de vida mais equilibrado. 
A todas as pessoas que directa ou directamente estiveram ao meu lado.
Agradeço à Nádia Brazão e ao Ginásio Onda Revital, pela oportunidade de dar o meu testemunho, que possa inspirar outras pessoas com vontade de mudar algo na sua vida.
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#10dias10receitas

E para começar o Verão em grande, temos um novo desafio! 

#10dias10receitas

O desafio começa no sábado dia 20e acaba na terça dia 30! A ideia é partilhar uma receita por dia, preparada com ingredientes “do bem”! 
No final dos 10 dias vou recolher a informação toda a criar um documento útil que nos sirva de base de dados, onde todos podemos aceder durante todo o ano.

As regras são simples:
1)  Pode ser uma receita de “qualquer coisa”, mesmo que leve apenas 2 ingredientes: saladas, sumos, papas, granolas, barras, outros snack’s, águas aromatizadas, bolos, pratos de carne ou peixe, saladas, molhos para saladas, sopas ou quaisquer “mistelas” saborosas e saudáveis.

2) Os ingredientes devem ser “saudáveis”, não importa contar calorias, mas sim nutrientes. A ideia não é seguirmos uma linha de "dieta", isto porque cada um deve ter a sua, mas é termos diferentes inspirações par ao nosso dia a dia. Para ajudar deixo-vos aqui algumas ideias: 

Para adoçar: açúcar de côco, geleias/maltes, agave, xarope de ácer, rapadura, açúcar mascavado ou mel; 
Farinhas, cereais e tubérculos: batata-doce, arroz, aveia, quinoa, kamut, espelta, milho, arroz, millet, trigo sarraceno, trigo integral, inhame, mandioca etc. 
Frutos secos, sementes e desidratados: vale tudo, desde que sem sal nem açúcar adicionados.
Gorduras: óleo de côco, azeite, óleo de colza, manteiga biológica. 
"Leites e iogurtes": bebidas vegetais, iogurtes naturais de cabra, ovelha ou vaca, iogurtes vegetais, queijo fresco, ricotta, requeijão, cottage/quark, etc. 
Frescos: frutas e legumes, peixes de captura, animais do campo, mariscos, moluscos e ovos.

De preferência ingredientes frescos, de época e biológicos!

3)      Devem partilhar a fotografia de forma publica, com uma legenda que refira a receita. Não se esqueçam de colocar o #10dias10receitas. Podem partilhar diretamente na página do Nutrição em Blogue! Quem não quiser colocar receita todos os dias, não é obrigatório (mas é claro, que quanto mais receitas melhor).




Ainda temos uns dias para nos organizarmos, mas estou a contar com todos para criarmos a nossa base de dados.
As pessoas que partilharem mais receitas, irão receber um "miminho".






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O artigo: "Revolucionar as lancheiras"

Bom dia, e Feliz dia da Criança para todas as nossas crianças. 
A pedido de alguns pacientes, trago-vos para o blogue o artigo publicado hoje no Jornal da Madeira para uma leitura mais fácil! 
Aproveitem ;) *** 


“Revolucionar as Lancheiras”

O mês de Maio foi o mês de “revolucionar as lancheiras”. Eu sei que “já todos sabemos” que o excesso de peso e a obesidade trazem consequências para os nossos filhos, e quase que se tornou “inevitável que os nossos filhos comam açúcar e sal”. Mas será que sabemos mesmo que consequências é que este problema trás? Ou será que estamos mesmo a fazer boas escolhas alimentares?
Em Portugal, uma em cada três crianças tem excesso de peso! De acordo com a Comissão Europeia, Portugal está entre os países da europa com maior número de crianças afectadas por esta epidemia. A  OMS estima que em 2020 (daqui a 5 anos!) a obesidade afecte 21% dos portugueses e 22% das portuguesas, valores que sobem em 2030 para 27% e 26% para cada um dos sexos.
Se os nossos filhos comem vegetais no prato, até comem fruta, até bebem água, e até fazem muita coisa “dita” saudável, porque é que esta previsão é de pioria e não de melhoria?! Já pensaram nisto?!
Aqui é que entram os escondidinhos, as bolachas, os iogurtes, as barras, os pães, os bolos, os doces, todos estes alimentos alimentos processados com um “ar perfeitamente” inócuo podem ter ingredientes a fazer muito mal aos nossos filhos.
A ideia deste artigo, é por-vos a pensar um pouco e a criticar todos os alimentos que entram na lancheira das crianças. De uma forma prática devemos fazer o seguinte:
1º Compreender de onde vêm os alimentos. Vejamos o exemplo da maçã. De onde vem? Onde foi produzida? Como foi produzida? Podemos e devemos escolher sempre os nossos vegetais e fruta biológicos, de produção local e de época. (Sabiam que a maçã pode conter cerca de 30 a 40 pesticidas/herbicidas de uma lista de 115 produtos permitidos por lei em Portugal?!).
2º Ler a lista de ingredientes. Será que a bolacha Maria é mesmo só uma bolacha Maria? Além da carga de açúcar e de sal que as bolachas hoje em dia podem ter, as farinhas podem ser geneticamente modificadas e muitas vezes levam gorduras hidrogenadas e outros ingredientes que nem eu mesma sei o que são. Aventurem-se na cozinha, preparem bolachas, barras de cereais, mesmo bolos que os vossos filhos gostem e onde conseguem “manipular” a receita com ingredientes saudáveis, saborosos e que vão de encontro às preferências dos mais pequenos.
3º Envolver as crianças nas escolhas dos alimentos que querem. Eu compreendo que possa ser desafiante “mudar lancheira”, mas não vos pedindo que passem das “belgas para as cenouras”, façam mudanças graduais, semana a semana, e envolvendo as crianças nas escolhas. As crianças estão avidas por informação e muitas vezes aceitam melhor que os pais as mudanças alimentares, quando bem fundamentadas.
4º Equilibrar nutricionalmente as lancheiras. Ter um alimento fresco, rico em vitaminas, mineirais e fitoquimicos; ter uma fonte de proteína para a construação das celulas e uma fonte de gordura saudável para energia. Para ser mais fácil dou-vos exemplos: 1) um pão de cereais com 1 fatia de queijo e umas cerejas da época; 2) uma banana, um iogurte natural e umas nozes e cajus. 3) uma barra de aveia e frutos secos caseira com uma pêra e um queijinho redondo.
Reforço, por mais complicada que possa parecer a mudança, não desistam, é urgente que mudem. Por eles, e por quem eles serão um dia!
Boas escolhas alimentares,

Nádia Brazão

Nutrição em Blogue - nadiabrazaoplanod.blogspot.pt

Dietista no Plano D

E agora uma de Mãe-babada: a minha criança no seu dia da criança! ;) 

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