Bom dia, e Feliz dia da Criança para todas as nossas crianças.
A pedido de alguns pacientes, trago-vos para o blogue o artigo publicado hoje no Jornal da Madeira para uma leitura mais fácil!
Aproveitem ;) ***
“Revolucionar as Lancheiras”
O mês de Maio foi o mês de “revolucionar as lancheiras”. Eu sei que “já todos sabemos” que o excesso de peso e a obesidade trazem consequências para os nossos filhos, e quase que se tornou “inevitável que os nossos filhos comam açúcar e sal”. Mas será que sabemos mesmo que consequências é que este problema trás? Ou será que estamos mesmo a fazer boas escolhas alimentares?
Em Portugal, uma em cada três crianças tem excesso de peso! De acordo com a Comissão Europeia, Portugal está entre os países da europa com maior número de crianças afectadas por esta epidemia. A OMS estima que em 2020 (daqui a 5 anos!) a obesidade afecte 21% dos portugueses e 22% das portuguesas, valores que sobem em 2030 para 27% e 26% para cada um dos sexos.
Se os nossos filhos comem vegetais no prato, até comem fruta, até bebem água, e até fazem muita coisa “dita” saudável, porque é que esta previsão é de pioria e não de melhoria?! Já pensaram nisto?!
Aqui é que entram os escondidinhos, as bolachas, os iogurtes, as barras, os pães, os bolos, os doces, todos estes alimentos alimentos processados com um “ar perfeitamente” inócuo podem ter ingredientes a fazer muito mal aos nossos filhos.
A ideia deste artigo, é por-vos a pensar um pouco e a criticar todos os alimentos que entram na lancheira das crianças. De uma forma prática devemos fazer o seguinte:
1º Compreender de onde vêm os alimentos. Vejamos o exemplo da maçã. De onde vem? Onde foi produzida? Como foi produzida? Podemos e devemos escolher sempre os nossos vegetais e fruta biológicos, de produção local e de época. (Sabiam que a maçã pode conter cerca de 30 a 40 pesticidas/herbicidas de uma lista de 115 produtos permitidos por lei em Portugal?!).
2º Ler a lista de ingredientes. Será que a bolacha Maria é mesmo só uma bolacha Maria? Além da carga de açúcar e de sal que as bolachas hoje em dia podem ter, as farinhas podem ser geneticamente modificadas e muitas vezes levam gorduras hidrogenadas e outros ingredientes que nem eu mesma sei o que são. Aventurem-se na cozinha, preparem bolachas, barras de cereais, mesmo bolos que os vossos filhos gostem e onde conseguem “manipular” a receita com ingredientes saudáveis, saborosos e que vão de encontro às preferências dos mais pequenos.
3º Envolver as crianças nas escolhas dos alimentos que querem. Eu compreendo que possa ser desafiante “mudar lancheira”, mas não vos pedindo que passem das “belgas para as cenouras”, façam mudanças graduais, semana a semana, e envolvendo as crianças nas escolhas. As crianças estão avidas por informação e muitas vezes aceitam melhor que os pais as mudanças alimentares, quando bem fundamentadas.
4º Equilibrar nutricionalmente as lancheiras. Ter um alimento fresco, rico em vitaminas, mineirais e fitoquimicos; ter uma fonte de proteína para a construação das celulas e uma fonte de gordura saudável para energia. Para ser mais fácil dou-vos exemplos: 1) um pão de cereais com 1 fatia de queijo e umas cerejas da época; 2) uma banana, um iogurte natural e umas nozes e cajus. 3) uma barra de aveia e frutos secos caseira com uma pêra e um queijinho redondo.
Reforço, por mais complicada que possa parecer a mudança, não desistam, é urgente que mudem. Por eles, e por quem eles serão um dia!
Boas escolhas alimentares,
Nádia Brazão
Nutrição em Blogue - nadiabrazaoplanod.blogspot.pt
Dietista no Plano D
E agora uma de Mãe-babada: a minha criança no seu dia da criança! ;)
Gostava muito de a ter aqui por Lisboa! Pela ajuda que lhe pediria para fazer a mudança ;) Beijinhos e parabéns pelo blog!
ResponderEliminarObrigada pelas palavras Dori ;) ***
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