Vou de férias ... e dar o meu melhor!

 Vou de férias! Volto dia 30 de Agosto, dia 31 já estou a trabalhar.
Foi um ano de trabalho muito intenso e muito produtivo, estou a precisar de descansar. A precisar de estar só com os meus ... O Pedro até sugeriu um "Detox Digital", uma espécie de afastamento do mundo tecnológico para re-aproximação ao mundo real! Para aprendermos coisas novas nas férias, coisas do tipo: "não fazer nada", "ler um livro", "meditar", "apenas conversar e rir"! Parece maravilhoso, mas muitooo difícil, e confesso não estar totalmente convencida hahaha! 
Mas de qualquer forma, vou estar mais ausente. Vou também me focar em tentar não engordar... Não sou excepção à regra, e tal como os meus pacientes, também eu por vezes sinto que "engordo com o ar", e vou estar duas semanas bem próximas da comida (e não vão ser sempre sem glúten, nem lacticínios, nem açúcar nem álcool... não vão ser, mesmo!) Ahaha

Por isso desejo a todos os que ficam uma continuação de bom plano alimentar e que mantenham o foco nos nossos objectivos, e aos que como eu vão estar de férias que não se sintam sozinhos, porque também eu vou dar o meu melhor! 
;) 

PS * É mais fácil publicar uma foto que um texto, se quiserem "estar comigo", sigam o Instagram (se eu não fizer o detox digital haha)

Não, não fomos de cruzeiro para muita pena do Ze! ;)

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Quem me garante que é Bio?!

 Hoje em dia temos várias dúvidas em relação a várias coisas ... a origem e qualidade da produção biológica é uma delas. Então deixo-vos aqui um artigo muito esclarecedor da OrganicA publicado no Jornal da Madeira em Julho deste ano. 

Quem me garante que é bio?

A dúvida faz parte da condição humana. Se por um lado esta característica é benéfica, porque permite não aceitar tudo aquilo que nos impõem e apostar naquilo em que realmente acreditamos, por outro lado a incerteza gera desconfiança e pode comprometer a credibilidade de todo um sector!
O verdadeiro problema é por em causa sem tentar esclarecer, não reclamar quando se justifica, não perguntar directamente quando a dúvida se levanta. Não exigir garantias!
A agricultura biológica é frequentemente questionada por agricultores que não acreditam, por consumidores que duvidam, por cientistas defensores de outras causas, pela indústria fitofarmacêutica que se move pelo lucro fácil, por gente sem argumentos só porque não!



É um género de “preso por ter cão e preso por não ter”: Quando aparecem, no mercado, produtos pequenos, feios e deformados, perguntam como pode a agricultura biológica produzir com qualidade e em quantidade suficientes para satisfazer as necessidades de consumo? Quando surgem alimentos grandes, bonitos, maiores do que o normal para a espécie cultivada, questionam sobre se aqueles produtos não terão levado adubos químicos para crescerem mais e mais depressa, apesar do regulamento o proibir. A maior parte dos técnicos e dos agricultores acreditam que, sem pesticidas de síntese, não é possível fazer agricultura, mas admitem que os agricultores biológicos não fazem nada de mais ou de especial, porque os seus antepassados também o faziam! As próprias autoridades insistem que é necessário apoiar a agricultura biológica pela perda de produtividade que envolve a transição para um modo de produção mais amigo do ambiente, gerando dúvidas sobre a sua viabilidade, em vez de pagar pelos serviços que os agricultores biológicos prestam a favor da saúde dos consumidores e do planeta!
Contudo, a dúvida gera conhecimento e traz também a necessidade de obter provas que fundamentem a autenticidade do produto em questão.

A Agricultura Biológica dá-lhe garantias. Peça-as!

O Modo de produção biológico é regulado por normas previstas em legislação específica (Reg (CE) nº 834/2007), sendo controlado e certificado por um organismo independente (neste momento existem 4 organismos acreditados na Madeira), que após verificar que o operador, seja ele agricultor, preparador ou importador, cumpre com todos os requisitos legais e processuais, emite um certificado de conformidade que deverá acompanhar o produto em todas as suas fases até ao consumidor final, que tem o direito de “ver para crer”.

A venda dos produtos biológicos na própria exploração requer a emissão de factura e preenchimento da tabela de registos de venda facultada pelo organismo de controlo a que a exploração está submetida. O operador deverá ter o seu certificado de conformidade (garantia que é produto produzido em modo de produção biológica) devidamente actualizado para mostrar e/ou facultar ao consumidor, se o mesmo o solicitar.

A venda de produtos biológicos no mercado local é notificada ao organismo de controlo. Caso o operador manifeste o desejo de comercializar produtos de outros agricultores biológicos deverá requerer a certificação como preparador. Os certificados de conformidade deverão estar fixados em local visível para que o consumidor possa ler, sempre que assim o entender.
Em estabelecimentos ou locais onde sejam comercializados produtos convencionais e biológicos simultaneamente, os produtos biológicos deverão estar embalados e fisicamente separados dos restantes produtos.
O operador deverá assegurar que os produtos biológicos são transportados em embalagens fechadas, de modo a que o seu conteúdo não possa ser substituído sem manipulação ou danificação do selo e devidamente identificados.


Desde 1 de Julho de 2012, todos os produtos alimentares biológicos embalados na União Europeia, ostentam o símbolo europeu da Agricultura biológica, que identifica o modo como foram produzidos e transformados. O símbolo é composto por um fundo verde onde se vê o contorno de uma folha feito pelas 12 estrelas da União Europeia. As regras de rotulagem obrigam ainda à indicação do local de cultivo dos ingredientes e do código do organismo de controlo.


Os consumidores que compram produtos com o logótipo da UE para a agricultura biológica podem confiar que:
- Pelo menos 95% dos ingredientes que compõem o produto transformado foram produzidos em modo biológico;
- O produto cumpre com as regras impostas pelo Regulamento Europeu da Agricultura Biológica que estabelece a obrigatoriedade da certificação por um organismo acreditado e a notificação da actividade às autoridades competentes em cada região.
- O produto veio directamente do produtor ou do transformador numa embalagem selada;
- O produto tem indicado o nome do produtor, transformador ou revendedor e o nome ou código do organismo de controlo.

Existem fraudes na agricultura biológica? Claro que sim. Como em qualquer outra actividade, existem oportunistas que tentam enganar o consumidor e existem pessoas que fazem referência ao modo de produção biológico, sem estarem devidamente certificadas. No entanto, qualquer não conformidade com o regulamento é punível por lei.
Por outro lado, a rastreabilidade, o controlo e a pressão do consumidor são muito maiores no modo de produção biológico. A quantidade de amostras colhidas para análise, quer pelos organismos de controlo quer pelas autoridades competentes é também consideravelmente maior na agricultura biológica e os resultados, nomeadamente os avançados pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA), nos seus relatórios anuais de pesquisa de pesticidas, provam que é muito mais seguro e saudável consumir bio!

Para não se deixar enganar, conheça estas normas base, questione o produtor, questione a entidade certificadora, se necessário.
Pela sua saúde, acredite nos produtores biológicos. Na dúvida, exija garantias!

www.facebook.com/organicamadeira
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Barra de sementes, frutos secos e figos

Zé Pedro: "Mamã, eu vi uma estrela cadente!"
Eu: "E pediste um desejo?"
Zé Pedro: "Sim!! ... 30 dias de férias"
Ahah

E para que o seu desejo se concretizasse, ele vai mesmo ficar 30 dias de férias, 15 dias a passear entre os avós (coisa que ele adora) e mais 15 dias coladinhos ao Papas! Eu adoro o meu trabalho [Graças a Deus], mas passar tempo com ele é maravilhoso, é quando me apercebo do tempo que "perco" quando não estou com ele, e de como ele está tão crescido! É nas férias que me apaixono com mais intensidade por ele (se é que isso é possível)!
Como vou sair no final da semana, as compras cá de casa ficam mais difíceis de gerir: não podemos comprar nada que se vá estragar, e temos que consumir todos os "restinhos"! 
Esta receita de barrinhas foi inspirada mesmo nisso, nos restinhos de sementes, frutos secos e cereais que andavam cá por casa espalhados em taçinhas, tupperwarezinhos e saquinhos (coisa que não gosto nada!)

Barra de sementes, frutos secos e figos

Ingredientes: 

2 chávenas de figos
2 chávenas de flocos misturados (trigo sarraceno, millet e arroz)
3/4 chávena de geleia de trigo 
1/2 chávena de arandos
1 Chávena de nozes
1/2 chávena de cajus
1 chávena de arroz puff
1/4 chávena de sementes (usei chia, linhaça e sésamo)
1 laranja
3 c.sopa de óleo de côco

Modo de fazer: 

Colocar em água os figos, as nozes e os cajus durante cerca de 1 hora. 
Triturei os figos com a geleia de trigo e o óleo de côco, o que criou uma pasta que serviu depois de "colante". Depois triturei as nozes com os cajus, apenas o tempo suficiente para ficarem de tamanho mais pequeno e uniforme (não deixar em papa).
Numa taça grande coloquei todos os restantes ingredientes, a pasta de figos e os frutos secos  e misturar muitooo bem!  No final juntei o sumo de uma laranja para dar um aroma cítrico às barras. 
Distribui sobre o tabuleiro em papel vegetal e prensar bastante bem. 
Levei ao forno a 170ºC durante cerca de 20 minutos. 
Deixei arrefecer e depois cortei com uma faca "tipo a do pão". 

De todas as barras que já fiz, esta foi a mais fácil de cortar e penso que teve muito a ver com a pasta de figos. Esta pasta também pode ser feita com tâmaras. 
Ah e claro a barra foi 98% biológica ;) 


O produto final!


A mistura dos frutos secos.


A pasta castanha é a pasta de figos.



E antes de ir para o forno! 
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